segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Dança do Ventre Infantil - Tia Renata Nunes

A dança é uma arte saudável!

O início do aprendizado da dança do ventre para crianças tem um aspecto lúdico e dinâmico; o que transforma esforço e técnica em uma atividade prazerosa. Conhecer o próprio corpo, aumentar a noção de espaço e lateralidade são habilidades essenciais que são estudadas através dos movimentos da dança.



Praticada desde a infância, a dança do ventre favorece aspectos como criatividade, sensibilidade, musicalidade e socialização, melhora a coordenação motora, a disciplina e a timidez, tornando as crianças mais comunicativas e confiantes, o que contribui para a formação de mulheres mais seguras e com boa auto estima!


Traga sua filha para uma aula experimental!
Segundas e Quartas - 18:30h às 19:30h
Mensalidade: R$ 60,00

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Enquanto alguns esperam o carnaval passar....

... nós estamos dançando bastante!

Venha ser feliz dançando com a Escola de Dança Maiher Menezes!!
Vejam como estão nossas aulas em fevereiro

Turma de Flamenco - Intermediário

Turma de Dança de Salão - Melhor Idade

Turma de Dança de Salão - Melhor Idade

Turma de Dança de Salão - Melhor Idade

Turma de Dança de Salão - Melhor Idade

Turma de Dança de Salão Intermediário

Turma de Dança de Salão Intermediário

Turma de Dança de Salão Intermediário

Turma de Stiletto Dance

Turma de Stiletto Dance

Turma de Stiletto Dance

Turma de Stiletto Dance

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Turma de dança de Salão para a Melhor Idade

 A Escola de Dança Maiher Menezes em parceria com a FACED Sênior, está com matrículas abertas para uma turma experimental para a Melhor Idade.
As aula acontecerão as segundas e quartas, de 17h às 18h na sede da Escola e serão ministradas aulas de Dança de Salão em geral pelos professores Ramon Borges e Nicoly Anny.
As mensalidades terão preços especiais e todos poderão fazer a primeira aula gratuíta.
Esperamos vocês!!!


 Benefícios da Dança de Salão

A dança de salão  possui muitos benefícios para a terceira idade. O New England Journal of Medicine, por exemplo, há alguns anos atrás, publicou uma pesquisa que constatou que a dança pode contribuir para reduzir o risco da doença Alzheimer e outras formas de demência em idosos. Ainda que tenha benefícios significativos para a terceira idade, a dança de salão também pode e deve ser praticada por qualquer faixa etária.  É uma atividade plural e pode agregar todas as idades!
A dança de salão é uma atividade de aprendizado, exercício e diversão que pode contribuir para a redução do estresse, aumento de energia, melhoria da força, aumento do tônus muscular e da coordenação motora. Esses são algumas vantagens dessa prática. Além disso, permite que as pessoas que dançam a utilize como atividade social e recreativa. Por isso, é um tipo de exercício excepcional que melhora a qualidade de vida de quem a realiza!
A pessoa se exercita, aprende uma coisa nova e fica pronto para dançar em qualquer lugar! Fora a sensualidade e postura que a prática de dançar traz para o corpo. Um exercício completo! Fala que não é chato quando você chega a algum lugar e não sabe dançar nada? Ou então quando você sabe dançar, mas a outra pessoa que você está não dança nada? Que tal realizar algumas mudanças na sua vida? Vida saudável, queimar calorias, aprendar algo novo e se divertir!

(Extraído do Blog Mulher Digital)

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Flamenco por Clarisse Lispector

 “Quase não era canto, no sentido em que este é aproveitamento musical da voz. Quase não era voz, no sentido em que esta tende a dizer palavras. O canto flamenco é antes da voz ainda, é fôlego humano. Uma palavra ou outra às vezes escapava, revelando de que era feita aquela mudez cantada: de história de viver, amar e morrer. Essas três palavras não ditas eram interrompidas por lamentos e modulações. Modulações de fôlego, primeiro estágio de voz que capta o sofrimento no seu primeiro estágio de gemido. E de grito. E mais outro grito, este de alegria por se ter gritado. Em torno, a assistência aconchega-se escura e suja. Depois de uma das modulações que de tão prolongada morre em suspiro, o grupo esgotado como o cantor murmura um Olé em amém, última brasa.
Mas há também o canto impaciente que a voz apenas não exprime: então um sapateado nervoso e firme o entrecorta, o Olé que o irrompe a cada instante não é mais amém, é incitamento, é touro negro. O cantor, de dentes quase cerrados, dá à voz a cegueira da raça, mas os outros exigem mais e mais, até conseguirem o instante espasmo: Espanha.
Ouvi também o canto ausente. É feito de um silêncio cortado de gritos da assistência. Dentro da clareira de silêncio, em semente ardente, um homem pequeno, seco, escuro, de mãos nas ilhargas, cabeça atirada para trás, marca com o duro taco dos sapatos o ritmo incessante do canto ausente. Nenhuma música. E nem é uma dança. O sapateado é antes da dança organizada – é o corpo manifestando-se, pés transmitindo até a ira em linguagem que Espanha entende. A assistência se concentra em fúria no próprio silêncio. De quando em quando a provocação rouca de uma cigana, toda de carvão e trapos vermelhos, em que a fome se tornou dor e ameaça. Não era espetáculo, não se assistia: quem ouvia era tão essencial como quem batia os pés em silêncio. Até a exaustão, comunicam-se durante horas através dessa linguagem que, se algum dia teve palavras, estas foram se perdendo pelos séculos – até que a tradição oral passou a ser transmitida de pai para filho apenas como ímpeto de sangue.
E vi o par da dança flamenca. Não sei de outra em que a rivalidade entre homem e mulher se pusesse tão a nu. Tão declarada é a guerra que não importam os ardis: por momentos a mulher se torna quase masculina, e o homem a olha admirado. Se o mouro em terra espanhola é o mouro, a moura perdeu diante da aspereza basca a moleza fácil; a moura espanhola é um galo até que o amor a transforme em Maja.
A conquista difícil nessa dança. Enquanto o dançarino fala com os pés teimosos, a dançarina percorrerá a aura do próprio corpo com as mãos em ventarola: assim ela se imanta, assim ela se prepara para tornar-se tocável e intocável. Mas, quando menos se espera, sua botina de mulher avançara e marcará de súbito três pancadas. O dançarino se arrepia diante dessa crua palavra, recua, imobiliza-se. Há um silêncio de dança. Aos poucos o homem ergue de novo os braços e, precavido – com temor e não pudor -, tenta com as mãos espalmadas sombrear a cabeça orgulhosa da companheira. Rodeia-a várias vezes e por momentos já se expões quase de costas para ela, arriscando-se quem sabe a que punhalada. E se não foi apunhalado é que a dançarina de súbito recolheu-lhe a coragem: este então é o seu homem. Ela bate os pés, de cabeça erguida, em primeiro grito de amor: finalmente encontrou seu companheiro e inimigo. Os dois recuam eriçados. Reconheceram-se. Eles se amam.
A dança propriamente dita se inicia. O homem é moreno, miúdo; obstinado. Ela é severa e perigosa. Seus cabelos foram esticados, essa vaidade da dureza. É tão essencial essa dança que mal se compreende que a vida continue depois dela: este homem e esta mulher morrerão. Outras danças são a nostalgia dessa coragem. Esta dança é a coragem. Outras danças são alegres. A alegria desta é séria. Ou a alegria é dispensada. É o triunfo mortal de viver o que importa. Os dois não riem, não se perdoam. Compreendem-se? Nunca pensaram em se compreender, cada um trouxe a si mesmo como único estandarte. E quem foi vencido – nessa dança os dois são vencidos – não se adoçará na submissão, terá aqueles olhos espanhóis, secos de amor e raiva. O esmagado – os dois serão esmagados – servirá vinho ao outro como um escravo. Embora nesse vinho, quando vier a paixão do ciúme, possa estar o veneno da morte. O que sobreviver se sentirá vingado. Mas para sempre sozinho. Porque só esta mulher era sua inimiga, só este homem era seu inimigo, e eles se tinham escolhido para a dança." - Clarice Lispector